por Keissy Carvelli
Jogou-se do quinto andar,
Mas não quis se sujar
Nem de areia, nem da lágrima
Seca e fria que repousava
Calada na sua intorpecente brincadeira de rodar.
Atravessou a janela,
Mas da transparência não se esquivou.
Tinha tanta fé em coisa alguma;
Sentia tanta febre, tanta falta;
Sentia-se nua num corpo tão frágil
Que assim, logo cedo, nenhum soluço murmurou.
Jogou-se do quinto amor
Para o canto escuro da sala.
Jogou-se ao chão, ao céu;
Jogou-se ao tempo e à dor;
Jogou-se tanto, que prefiriu se trancar
Jogada aos traços de todo o seu torpor.
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Um comentário:
Que atirada, ela.
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