terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Eu coloco minhas mãos, meu coração no fogo e vou queimando, queimando. Resto em pó, fico apenas em pó. Vou deixar a ponta, vou me ter em ponta.  

Quando me trouxe a calmaria de felicidade instantânea me levou a inspiração ofegante. Já me habituava. Arrancou-me a felicidade, estraçalhou a calmaria fazendo surgir a inspiração. Vai ficar tudo bem, tudo bem.
Vou ficar em frangalhos, tudo bem.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


Meu corpo está em tremor. Quase me lembro da última vez em que fiquei assim, em que perdi a fome, o chão. É besteira, eu sei, dos fins eu já tanto falei, chorei, desesperei.
Todos tão parecidos, todos me diferenciando tanto.
Posso perder a fome, o chão, pouco importa. Não me deixe perder você e só.