sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Doce saudade de um doce amor

por Keissy Carvelli


Gosto de assistir à lua da janela do meu quarto cada vez mais ao centro do céu. Surgiu fraca, ainda escondida por trás do telhado e das paredes da casa ao lado, mas logo seu brilho forte se postou em frente à minha janela, fazendo-se perceber até mesmo pelo vidro espesso.
Vejo tantos detalhes da janela do meu quarto, falta-me o mar, é certo. Logo menos terei a lua, o céu, o mar, você, juntos sem que se faça necessária minha imaginação quase infantil.
Seu amor é assim, como a lua. Surgiu por trás de luzes artificiais, canções especiais, mas logo se postou em frente à minha janela, fazendo-se perceber até mesmo pelo vidro espesso.
É suave, doce o seu amor, não fere, não maltrata, não sufoca. Sereno, ainda que intenso o seu amor.
Gosto de assistir à lua da janela das nossas lembranças. É quando penso em silêncio em você. Deixo a saudade surgir discreta em todos os meus sentidos, é suave, é doce a minha saudade. Machuca, é certo, mas não maltrata, não faz doer o amor. Serena, ainda que intensa a minha saudade.
Doce saudade de um doce amor. É quando tranquila deito e espero nosso encontro chegar.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Há de ser

por Keissy Carvelli


Centenas de motivos me ocorrem para justificar, mas amor com explicações não pode ser amor. Pode ser que digam ser hipérbole do meu senso poético, extremismo do meu sentimentalismo exagerado, não importa. Há sempre algo a ser dito para as coisas escritas, ainda que sejam jogadas em letras tortas sob a neblina da madrugada, não importa.
Te pertenço na minha única liberdade. Não há de ser preso o amor que já nem cabe em mim. Não há de ser apenas meu o amor que é nosso. Há de ser, apenas.
Centenas de motivos me ocorrem e somem e me ocorrem repetidamente. Há de ser repetido em você o amor traduzido em mim.