terça-feira, 31 de março de 2009

Dedicatória

por Keissy Carvelli

Tantas luas se passaram

do seu último ‘eu te amo’.

Não lembro, ao menos,

qual fora o de adeus,

aquele saído dos teus olhos

e do teu coração.


Leio as dedicatórias

desses livros estúpidos.

Mas só há uma, uma!

De todos aqueles que me dera,

um tem poesia e teu nome

juntos

.

Tua letra redonda,

teu amor declarado,

tua inicial escondendo teu nome.


Tantas luas se passaram

e não ouço sequer a sua voz.


Há outra menina

pra quem teus sussurros

no meio da noite

atormentam o sono.

Há outra mulher

pra quem diz amores

e esconde paixão.


Não sei onde nos perdemos.

Talvez a falta de poesia,

de pele, tato, amor.


Sei onde eu te encontrava

e ainda me vejo perdida por lá

procurando, quem sabe, um olhar,

um sorriso teu que me fale de amor.

Ainda me vejo perdida

procurando esquecer uma saudade,

um olhar,

o sorriso teu que me falava do nosso amor.


Estes meus versos, meu amor

não são tristes.

Não há lágrimas correndo em meu rosto,

não há dor sufocando meu peito.


Estes meus versos, meu amor

são inteiros saudade.

E saudade, meu amor,

saudade dói mais que lágrima,

mais que ciúme de outra mulher.

Saudade, meu amor,

saudade.



3 comentários:

Hospício Temporário disse...

E como a saudades dói muito mais!!!
Amo teu espaço.

Lara disse...

Saudade dói, principalmente aquela que se sente daquilo que não volta e não se repete nunca mais...

Pedro disse...

Tem horas que eu penso que a palavra saudade não é um privilégio e sim uma desgraça na nossa língua.
Porque mesmo tendo ela, unicamente ela não dá conta de expressar tudo o que a gente sente.

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