segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Rabiscando

por Keissy Carvelli

Há algumas horas de entrar pro grupo seleto dos pseudo adultos com a minha mais nova idade - nem tão nova assim- entro na escolinha posicionada em frente a minha casa desde sempre. Passei alguns bons anos por lá com as tias, e os recreios; o escorregador, o gira-gira e, não menos importante, o muro que separava a casa da tia Márcia - dona e professora da escola- do corredorzinho onde ficávamos todos sentadinhos com lancheiras em mãos cantando esperando a hora de ir embora.
Logo quando bati meus olhos da porta até o fundo da escola, onde ficam os banheiros, fui tomada por uma nostalgia que me arrepiou até os ossos e, enquanto minha mãe conversava com a tia Márcia, fui passando os olhos por todos os detalhes. Observei os brinquedos novos, as cores colocadas nos brinquedos velhos, as cadeirinhas e mesinhas, e por fim percebi que aquele antigo escorregador estava pequenininho de mais; o muro não era impecilho para minha vista chegar até a casa da tia; as cadeiras não seriam capazes de suportar metade de mim; e que eu não seria mais capaz de caber no gira-gira.
Todavia, logo percebi que os brinquedos continuavam os mesmos em suas medidas, diferenciando apenas algumas cores; e que o muro não havia encolhido bem como as mesinhas e cadeirinhas, e que nada, absolutamente nada dali havia diminuido: fui eu, aquela pirralhinha loirinha, quem cresceu.

Um comentário:

Alisson disse...

oii
fuçandoo aki...hehe
é dificil olhar ao nosso redor e conseguirmos perceber q nao foi o mundo q mudou e sim nós...mas essas mudanças aos quais passamos podem ser boas...ou ruins...sei lá...cabe a nós apenas nos acostumarmos...hehe
gostei do post...
feliz niver!!

bjao