Esperei a noite cair, e o álcool entrar, e a melancolia sucumbir meus sentidos na tentativa de deixar as palavras escorrerem pelos dedos sem qualquer propósito, ou por algum, quem sabe.
Trocaria minha noite de sono pela distância em menor tamanho, e trocaria minha cama por um sorriso, por aquele sorriso. Ele seria pra mim, e meu, e soaria feito criança em dia de natal com olhos brilhando e mão trêmulas, e a pele ansiosa expondo aquelas expectativas.
Eu esperei por tanta coisa, por tantos anos e por fim continuo jogando minhas ilusões para o papel num começo de madrugada solitária e fria. Quisera eu ser fria o suficiente para não sentir, e não querer, não precisar. Quisera eu poder virar o pescoço e alcançar os teus olhos com os meus, logo ali, no mesmo lugar em que destruo minhas esperas.
Sou parasita de mim e dessas coisas todas que sinto, e , por vezes, gostaria de não ser exatamente como sou. Talvez eu fosse bem mais feliz.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Dois lados
por Keissy Carvelli
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7 comentários:
é, mta sinestesia! =)
[e se tiver em mente uma melodia, o versinho é todo seu]
Nossa moça, precisava ser tão parecido???
Olhar para o lado e não ter nada lá.
não deseje ser fria baby...emoção é essencial!
=*
também ando destruindo minhas esperas. e já tentei ser fria muitas vezes mas acho que não levo jeito pra coisa. talvez seja melhor assim, quem sabe um dia nossas ilusões não façam as madrugadas valerem a pena?
beijos, menina :*
que triste, keh... =/
bjks
glei
os vícios só devem ser deixados de lado na literatura (que deve ser viciante, n viciosa). uma vida sem vícios, jamais... viva o próximo cigarro! (com seus múltiplos sentidos)
:)
um sorriso.
aquele sorriso.
secret smile.
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