quinta-feira, 10 de abril de 2008

Dois lados

por Keissy Carvelli

Esperei a noite cair, e o álcool entrar, e a melancolia sucumbir meus sentidos na tentativa de deixar as palavras escorrerem pelos dedos sem qualquer propósito, ou por algum, quem sabe.
Trocaria minha noite de sono pela distância em menor tamanho, e trocaria minha cama por um sorriso, por aquele sorriso. Ele seria pra mim, e meu, e soaria feito criança em dia de natal com olhos brilhando e mão trêmulas, e a pele ansiosa expondo aquelas expectativas.
Eu esperei por tanta coisa, por tantos anos e por fim continuo jogando minhas ilusões para o papel num começo de madrugada solitária e fria. Quisera eu ser fria o suficiente para não sentir, e não querer, não precisar. Quisera eu poder virar o pescoço e alcançar os teus olhos com os meus, logo ali, no mesmo lugar em que destruo minhas esperas.
Sou parasita de mim e dessas coisas todas que sinto, e , por vezes, gostaria de não ser exatamente como sou. Talvez eu fosse bem mais feliz.



7 comentários:

Anônimo disse...

é, mta sinestesia! =)

[e se tiver em mente uma melodia, o versinho é todo seu]

Laurita Danjo disse...

Nossa moça, precisava ser tão parecido???
Olhar para o lado e não ter nada lá.

Kleber Bordinhão disse...

não deseje ser fria baby...emoção é essencial!
=*

Maíra F. disse...

também ando destruindo minhas esperas. e já tentei ser fria muitas vezes mas acho que não levo jeito pra coisa. talvez seja melhor assim, quem sabe um dia nossas ilusões não façam as madrugadas valerem a pena?
beijos, menina :*

Anônimo disse...

que triste, keh... =/

bjks

glei

tagg disse...

os vícios só devem ser deixados de lado na literatura (que deve ser viciante, n viciosa). uma vida sem vícios, jamais... viva o próximo cigarro! (com seus múltiplos sentidos)

Anônimo disse...

:)
um sorriso.
aquele sorriso.
secret smile.